quarta-feira, 26 de setembro de 2012
11 DE SETEMBRO DIA NACIONAL DO CERRADO
O Dia Nacional do Cerrado, a ser comemorado no dia 11 de setembro de cada ano, foi instituído pelo Decreto de 20.8.2003 e assinado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Ocupando uma área de 2 milhões de km², o que corresponde a 25 % do território brasileiro, o Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, superado apenas pela Amazônia. Estende-se em área contínua por 11 estados brasileiros: Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí, além do Distrito Federal, que está totalmente localizado na área nuclear do Cerrado.
O Cerrado comporta a maior diversidade do continente em termos de espécies endêmicas. A riqueza de sua biodiversidade, a segunda maior da América do Sul, pode ser interpretada pela vasta extensão territorial, pela posição geográfica privilegiada, pela heterogeneidade vegetal, e por ser cortado pelas três maiores bacias hidrográficas da América do Sul.
Ocupando áreas de clima tropical, com duas estações alternadas bem marcadas (a seca, que ocorre no inverno e a chuvosa, no verão), o Cerrado é formado por um mosaico de fitofisionomias que variam de formações campestres até formações florestais como: campo sujo, cerradão, campos cerrados, cerrados stricto sensu” ou campo limpo.
A diversidade de cada uma de suas paisagens mantém determinado nível de relações ecológicas que a distingue das demais, seja ao nível de ciclagem de nutrientes, produção de biomassa, ou mesmo balanço hídrico e energético.
Além destes, ocorrem outras fitofisionomias que não são exclusivas dos cerrados, mas que compõem o mosaico fisionômico característico da região, tais como: as matas de galeria, campos rupestres, veredas, etc. As veredas compreendem vegetação em meio encharcado e caracterizam-se pela presença de buritis (Mauritia flexuosa).
A flora do Cerrado é considerada uma das mais ricas das savanas tropicais, com alto grau de endemismo. Existem cerca de 6.500 espécies de plantas, das quais mais de 200 já têm identificado algum uso econômico (forrageiro, madeireiro, medicinal e ornamental).
Como famílias de maior expressão destacam-se, entre as lenhosas, as Leguminosas (Mimosaceae, Fabaceae e Caesalpiniaceae), e entre as herbáceas, as Gramíneas (Poaceae) e Compostas (Asteraceae).
Com cor, sabor e aroma peculiares e intensos, os frutos típicos das espécies nativas do cerrado araticum, buriti, cagaita e pequi apresentam teores de vitaminas do complexo B equivalente ou superiores demais frutas
Grande parte da vegetação do cerrado possui raízes pivotantes profundas, que buscam água nas profundezas do solo e permitem que suas folhas estejam sempre verdes, mesmo durante a seca. Tal fato lhes permite obter o necessário suprimento d’água para que se protejam das queimadas e que possam depois rebrotar. A ocorrência do fogo se dá por causas naturais ou não.
As cascas grossas e corticentas (semelhantes à cortiça) protegem os troncos da ação do fogo. A vegetação rasteira apresenta xilopódios, bulbos, rizomas e gemas subterrâneas que resistem dormentes mesmo quando toda a parte aérea da planta desaparece, rebrotando com as primeiras chuvas de primavera, geralmente em setembro.
A fauna do Cerrado é muito rica. Os invertebrados são muito abundantes e incluem um elevado número de endemismos. Entre pequenos roedores e pássaros existem diversos endemismos.
Entre os Vertebrados encontrados em áreas de Cerrado, citamos a jibóia, a cascavel, várias espécies de jararaca, o lagarto teiú, a ema, a seriema, a curicaca, o urubu comum, o urubu caçador, o urubu-rei, araras, tucanos, papagaios, gaviões, o tatu-peba, o tatu-galinha, o tatucanastra, o tatu-de-rabo-mole, o tamanduá-bandeira e o tamanduá-mirim, o veado campeiro, o cateto, a anta, o cachorro-do-mato, o cachorro-vinagre, o lobo-guará, a jaritataca, o gato mourisco, e muito raramente a onça-parda e a onça-pintada.
Em termos de adaptabilidade, a entomofauna se protege do fogo nos espaços úmidos do pecíolo das folhas em campos com ocorrência de palmeiras Indaiá (Attalea exigua) e bromélias. Os mamíferos se protegem em áreas já queimadas ou fogem para outras áreas não atingidas.
Em termos de adaptabilidade, a entomofauna se protege do fogo nos espaços úmidos do pecíolo das folhas em campos com ocorrência de palmeiras Indaiá (Attalea exigua) e bromélias. Os mamíferos se protegem em áreas já queimadas ou fogem para outras áreas não atingidas.
Algumas espécies da avifauna, como os pássaros pretos (Crotophaga ani), os carcarás (Polyborus plancus) e as seriemas (Cariama cristata), acompanham a queimada, alimentando-se de insetos e répteis atingidos pelo fogo.
O relevo do Cerrado é em geral bastante plano ou suavemente ondulado, estendendo-se por imensos planaltos ou chapadões. Devido a essas características, até meados de 1960 a vocação dessas terras era direcionada pecuária (produção de gado de corte), sendo a atividade agrícola bastante limitada, uma vez que os solos do cerrado são naturalmente inférteis.
Nas décadas de 70 e 80, graças à irrigação e técnicas de correção do solo, houve grande expansão da fronteira agrícola, passando também a ser um importante centro de produção de grãos, principalmente soja, feijão, milho e arroz.
O acelerado processo de ocupação promovido por um intenso desmatamento, ocasionou a perda de espécies animais e vegetais, além de ocorrer perda de solo, que por estar exposto foi facilmente erodido, resultando na modificação de 67% das áreas de Cerrado.
Com a perda das áreas naturais, animais e plantas são extintos antes mesmo de serem descobertos pela ciência e terem seus benefícios expandidos para a humanidade.
O Cerrado está perdendo sua área de forma muito rápida. Estima-se que em 2030, estará com remanescente de cobertura vegetal nativa similar ao da Mata Atlântica, ou seja, com menos de 10% da cobertura vegetal original.
Devido aos impactos sofridos, o Poder Público tem criado diversas categorias de Unidades de Conservação, como: o Parque Nacional das Emas (131.832 ha), o Parque Nacional Grande Sertão Veredas (84.000 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (33.000 ha), o Parque Nacional da Serra da Canastra (71.525 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (60.000 ha) e o Parque Nacional de Brasília (28.000 ha) no intuito de preservar e proteger os remanescentes de Cerrado.
Devido à riqueza de sua flora e fauna, o Cerrado foi, recentemente, incluído na lista dos 25 hotspots existentes no mundo, pois é um dos locais do planeta prioritários para a conservação da natureza devido às suas peculiaridades.
Rosmari A. M. Lazarini
Fonte: www.cenargen.embrapa.br
Dia Nacional do Cerrado
11 de Setembro
Quem já viajou pelo interior do Brasil, através de estados como Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul, certamente atravessou extensos chapadões, cobertos por uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em meio a um tapete de gramíneas - o cerrado (nome regional para as savanas brasileiras).
Durante os meses quentes de verão, quando as chuvas se concentram e os dias são mais longos, tudo ali é muito verde. No inverno, ao contrário, o capim amarelece e seca; quase todas as árvores e arbustos, por sua vez, trocam a folhagem senescente por outra totalmente nova. Mas não o fazem todos os indivíduos a um só tempo, como nas caatingas nordestinas. Enquanto alguns ainda mantém suas folhas verdes, outros já as apresentam amarelas ou pardacentas, e outros já se despiram totalmente delas.
O domínio do Cerrado ocupa uma área com cerca de 2 milhões de km2, ou aproximadamente 20% da superfície do País. Graças à variedade de habitats, contém uma biodiversidade de fauna e flora invejável. Infelizmente, a pressão urbana e o rápido estabelecimento de atividades agrícolas na região vêm reduzindo rapidamente a biodiversidade destes ecossistemas.
A conservação dos recursos naturais dos cerrados é fruto da atenção de oito parques nacionais, diversos parques estaduais e estações ecológicas, compreendendo cerca de 6,5% da área total de cerrado. Mas as iniciativas ainda são poucas, e mais unidades de conservação precisam ser criadas para proteger a biodiversidade que ainda preserva.
Importância econômica
Atualmente, a região do cerrado contribui com mais de 70% da produção de carne bovina do País (Pecuária de corte no Brasil Central, Corrêa, 1989) e, graças à irrigação e técnicas de correção do solo, é também um importante centro de produção de grãos, principalmente soja, feijão, milho e arroz. Grandes extensões de cerrado são ainda utilizadas na produção de polpa de celulose para a indústria de papel, através do cultivo de várias espécies de Eucalyptus e Pinus, mas ainda como uma atividade secundária.
Fonte: Portal do Meio Ambiente
A riqueza de sua biodiversidade, a segunda maior da América do Sul! Isso é respirar cultura, e vamos preservar pessoal!
ResponderExcluirPreservando o meio ambiente, automaticamente, repensamos nossos atos, recriamos nossas ações, reutilizamos o lixo que produzimos e reciclamos pelo nosso bem maior: a terra. Rita de Cássia Caxito Mourão.
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